segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Philippe Starck - "Eu gosto de abrir as portas do cérebro das pessoas"





"Philippe Starck é um designer nascido em Paris, em 18 de Janeiro de 1949. É conhecido mundialmente pelo seu design leve e contemporâneo, tanto pela forma, quanto pelos materiais que emprega nas suas criações. Antes mesmo do alto consumismo se tornar uma ameaça a natureza Starck já pensava no respeito pelo futuro do planeta. Mais recentemente ele criou o revolucionário conceito "ecologia democrática", criando turbinas de vento para casa e em seguida barcos com energia solar e carros de hidrogênio. Philippe Starck é um rebelde cidadão do mundo que considera obrigação dividir a visão subversiva para tornar o mundo mais justo. Ele está atento nos nossos sonhos e necessidades (as vezes antes de nós mesmos), fazendo do trabalho dele um ato politico e cívico que ele realiza com amor, poesia e humor." (Texto: http://malocachic.blogspot.com/)

 Para saber mais, acesse: http://www.starck.com/ 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Arquiteto Isay Weinfeld lança livro


Descrição Rápida
ISAY WEINFELD Raul A. Barreneche
São Paulo: Bei Comunicação, 2008
336 p. (capa dura)
Edição: Português/ Inglês
ISBN 978-8578500078
O livro traz quinze das principais obras do arquiteto paulistano Isay Weinfeld, descritas em textos elucidativos e retratadas em mais de duzentas belas fotografias.
Esta edição dedica-se aos trabalhos residenciais de Weinfeld, erguidos em capitais como São
Paulo e Brasília, além de cidades litorâneas e do interior.
O volume se completa com desenhos de cada projeto.
Em versão bilíngüe (inglês e português), o texto apresentado nesta edição é assinado pelo jornalista e arquiteto norte-americano Raul A. Barreneche, autor de vários livros e colaborador do jornal The New York Times.

Como diz o autor na introdução do livro, “embora representem apenas parte da abrangente e eclética obra de Weinfeld, suas residências formam um conjunto coerente e vigoroso. (...) E capturam com brilho os muitos interesses, habilidades e talentos de um moderno homem do Renascimento, que, como Vitrúvio, leva a sério os preceitos de solidez, funcionalidade e, sobretudo, beleza”.

Isay Weinfeld - "Arquitetura tem de causar infartos"

Casa em Guarujá - Brasil











imagens daqui










O QUE É MORAR BEM? - Revista Joyce Pascowitch Fevereiro 2008

O que é morar bem?

"Morar bem" pode ter vários significados diferentes...
Para aqueles que não tiveram a chance de sequer ter um teto para morar, "morar bem" pode ser apenas "ter um bom colchão".
Para os que tiveram todas as chances, o conceito de "morar bem" vai se modificando durante a vida.
No começo, o quarto do bebê, o gosto da mãe, a mesmice infantil.
Depois, os primeiros desejos, as cores, o lugar de brincar.
Mais tarde, os primeiros sintomas da personalidade, o quarto que se transforma num mundinho particular, a loucura.
À medida que vamos crescendo, começamos a acumular - os discos, os livros, os cacarecos.
Começamos a perceber que são estas as coisas que nos traduzem.
Nossa casa vira um amontoado de lembranças, começamos a colecionar objetos, arte, inutilidades.
"Morar bem" já não cabe em nosso espaço.
Sentimos necessidade de exibir, de receber pessoas em casa, de aumentarmos a família.
Enfim, de mais espaço.
É tudo tão grande que os desencontros ficam mais frequentes, a solidão aumenta, o vazio torna-se insuportável.
Amadurecemos, e o significado de "morar bem" continua a se modificar.
Já não estamos tão satisfeitos assim, em nos perdermos dentro de nossa própria casa.
Vamos chegando à última parte da vida, e bate uma vontade de sintetizar, jogar tudo fora, se desfazer, procurar a essência, se ver livre... finalmente.
Daí, "morar bem" significa estar no menor espaço possível, ficar só com aquela peça que resume toda a coleção.
Significa, a simples parede branca.
É quando fica claro que não precisamos realmente de muita coisa.
Nada muito além de um bom colchão.


Para saber mais acesse: http://www.isayweinfeld.com/site/

Isay Weinfeld - "Aquilo que nos deixa felizes"


Vogue 2004
O luxo na arquitetura não é diferente do luxo na vida.
Luxo é ter em sua casa aquilo que te deixa feliz.
Luxo são os espaços que te levam a respirar profundamente, a se espantar, a pensar, estranhar, se emocionar...
Pode-se tentar ser feliz com o mínimo, abolir os excessos, mas se para você o mínimo deve ser o máximo, pois que fique com muito.
Luxo é não ter regras.
Luxo não é ter móveis "Bombé", "Délavé" ou "Flambe", mas pode eventualmente ser.
Luxo é não ter vergonha de dizer que gosta quando gosta ou não sei quando não sabe.
Luxo não é uma coleção de etiquetas de grife, mas tampouco é a camiseta branca básica.
Luxo é poder misturar essas coisas naturalmente.
É não dever nada a ninguém.
O travesseiro pode ser feito de pluma de ganso ou de crina de cavalo.
Luxo é poder deitar a cabeça nele, tranquilamente.
Para alguns, luxo pode ser comprar um bilhete de primeira classe.
Para mim, é devorar um quarteirão com queijo no aeroporto antes de embarcar em vez de comer a horrorosa comida que é servida.
Luxo é poder mudar seus planos a qualquer momento.
É ser independente, avulso, livre.
É dizer não, é dizer sim, é dizer talvez, sempre que se queira.
É poder ficar mais um pouco, se tiver vontade.
Luxo é sentar à beira da lareira num fim de tarde de inverno, usando um surrado cashmere, um par de meias escocesas meio furadas, um pequeno copo de botequim cheio de pinga, um cocker spaniel ao seu lado e um CD interminável da Blossom Dearie.
Isso pode ser no interior da Inglaterra, mas com o passar do tempo e a chegada da maturidade, a gente percebe que também pode ser no interior de São Paulo.
Esta percepção é que é um luxo.

Para saber mais acesse: