No dia a dia, ela retira da própria horta temperos, ervas e verduras empregados em suas receitas. “Meus filhos adoram colher ervas e, com elas, preparar chás”, conta orgulhosa. Eles também esperam, atentos e animados, a chegada das jabuticabas, a floração do ipê-amarelo, o desabrochar das rosas. Zelam pela flora que os rodeia. Nada disso é por acaso. Por trás do namoro com o refúgio de 200 m², há as mãosmágicas da paisagista e engenheira florestal Kátia Rodrigues de Almeida Secches, de São Paulo, há 20 anos estudiosa da dinâmica entre o espaço físico e a emoção humana. “Proponho jardins que buscam harmonizar o homem e o ambiente habitado por ele”, define a profissional. “As interações entre as formas, os volumes e as cores e as reações da alma diante dessas combinações são aspectos imprescindíveis do meu trabalho”, acrescenta.
Devido ao desenho recortado do terreno, ela ativou seis casas temáticas do baguá – octógono que orienta a aplicação dofeng shui. Mas não chegaria longe sem a cumplicidade dos moradores. Ela explica que, quanto maioro esclarecimento acerca das intenções e dos simbolismos projetados no ambiente, mais farta é a colheita de bem-estar, prosperidade, afeto, espiritualidade etc. “Quando temos consciência de que o espaço afeta nossa vida, a experiência vivida sacramenta-se em nosso interior.” E aí as transformações brotam de dentro para fora.
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